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Leitão & Irmão, Joalheiros da Coroa

Leitão & Irmão
Par JoÁ£o GALVÁƑO Il y a 7 ans

Entretecendo na cidade a sua própria história, a Leitão & Irmão enfeitou os decotes de Rainhas e encantou o povo. Como ainda o faz

 

O fundador desta estimada casa lisboeta nasceu no Porto e aí aproveitou a relação que a Nação tinha com o Brasil e o fluxo de metais preciosos que não parava na direção do Velho Continente. Foi assim que José Teixeira da Trindade abriu em 1786 na Rua das Flores, à época o clássico arruamento dos ourives da Cidade Invicta, o seu próprio estabelecimento.

Arrecadas em filigrana tradicional

 

Como toda a concorrência, o grosso da produção era bem ao gosto popular nortenho, como os corações em filigrana, os cordões e todas as joias que o povo levava à missa ou à festa. Mas de alguma maneira a produção de José Teixeira da Trindade distinguiu-se da restante e ganhou a simpatia de um rei, e quando casou a sua única filha, Maria Delfina, com José Pinto Leitão, a casa era já relevante na cidade. E a partir daqui ganhou mais relevância ainda: os filhos do casal, Narciso e Olindo, adotaram o galante nome comercial Leitão & Irmão, e investiram no negócio, comprando maquinaria moderna e constituindo filiais em Paris e em Londres, em 1866.

 

Os reis, as rainhas e as princesas eram no século XIX o equivalente às estrelas pop ou de cinema da atualidade: o grande salto da Leitão & Irmão surge quando lhes foi conferido em 1872 por D. Pedro II, Imperador do Brasil, a designação oficial de “Ourives da Casa Imperial do Brasil”. A ligação entre a Coroa e a Casa remontava ao cerco do Porto em 1832-1833, quando José Teixeira da Trindade estabelece relações particulares com D. Pedro IV de Portugal e I do Brasil (não será estranha a esta situação as muitas, diz-se, amigas que o belo monarca mantinha, e as joias que com certeza as presenteava).

Rinoceronte em prata cinzelada com desenho baseado em Dürer,  criado a partir de uma descrição escrita e rascunho de um rinoceronte-indiano trazido para Lisboa como presente para o Rei D. Manuel I

 

Em 1877, a Casa conquistou também a Coroa Portuguesa e abriu loja na capital, no Chiado. Os irmãos à época, Narciso e José, beneficiando da proximidade à corte, empreendem o projeto artístico de restaurar as tradições da ourivesaria portuguesa, de tal modo, que marcam a renovação artística da ourivesaria nacional na segunda metade do século XIX. É nesta altura que a Casa decide abandonar o antigo punção, substituindo as iniciais de José Pinto Leitão pela figura de uma esfinge a encimar a letra L, que é ainda hoje o punção corrente. Foi-lhe à época atribuído o número de ordem 33, e até hoje, não há nenhum outro com numeração inferior, o que faz da Leitão & Irmão a mais antiga ourivesaria portuguesa com punção própria.

 

Esta era do Romântico foi pródiga na produção artística de joias, um pouco por toda a Europa: a casa e a mulher de oitocentos, fosse esposa fosse amante, foram na história dos costumes uma espécie de mostruário do poder do burguês endinheirado, e a joalharia acompanhava a conjuntura.

 

De lá para cá a Leitão & Irmão tem sido sempre uma referência neste difícil e exclusivo mercado, quer marcando pontos junto ao jet-set e à realeza, quer alargando a ourivesaria à fileira casa e decoração.

 

Sempre que se avizinha um acontecimento importante, que requeira rica alfaia comemorativa, é à Leitão & Irmão que é encomendada, seja cá seja lá fora.

Talher de prata fotografado por Carmo Sousa para o artigo Eating Nemo numa revista de decoração em 2008

 

As lojas em Portugal são hoje quatro: a mais nova no lado nascente das arcadas do Estoril, uma no Ritz Four Seasons Hotel de Lisboa, outra no Chiado, a mais antiga, desde 1877, entre a Vista Alegre e a Igreja da Nossa Senhora do Loreto, e a mais carismática, em pleno Bairro Alto, sitio de pândega e de copos mas perfeitamente integrada, desenhada como um pedaço de história. Tanto que as oficinas da arte lhe ficam contiguas, como antigamente.

 

Para saber mais aceda por favor a www.leitao-irmao.com.