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Regresso do Banco Espírito Santo como Novo Banco

Novo Banco
Por Inês ALMEIDA hÁ¡ 10 anos
Categorias :
Turismo Portugal

O mundo bancário por vezes pode ser implacável. O menor erro, o menor descarrilamento e toda a economia pode entrar em colapso. À imagem do que aconteceu nos Estados Unidos da América, Portugal experimentou uma crise bancária significativa que necessitou da intervenção das autoridades competentes na matéria. Neste artigo, vamos olhar para a história do Banco Espírito Santo e ver como o país conseguiu enfrentar esta mais do que delicada situação.

 

Os anos de crescimento do Banco Espírito Santo

Fundada em 1915 pelos herdeiros de José Maria do Espírito Santo e Silva, daí ter começado por se chamar "Casa Bancária Espírito Santo Silva & Ca". Cinco anos mais tarde, adopta o nome de "Banco Espírito Santo" (BES).

 

O seu desenvolvimento fez com que, no período entre 1937 e 1999, trabalhasse lado a lado com o "Banco Comercial de Lisboa" com o qual se estende a nível internacional, incluindo os Estados Unidos, Angola, Reino Unido, Brasil, Suíça e na França, enquanto se retira do mercado português. Este criou ainda uma holding no Luxemburgo.

 

A história da falência

Em 1986, o banco voltou a direccionar-se para Portugal e conquistou, também, o mercado espanhol em 1992.

 

O sucesso levou a outras conquistas, o BES passou a ser o patrocinador oficial de Cristiano Ronaldo em 2007, recebeu em seu capital 300 milhões de dólares do China Development Bank em 2011 e em 2012 e assinou uma parceria com o Ecobank ( um grupo bancário pan-africano).

 

Mas em 2014, entre as irregularidades nas contas da holding do Luxemburgo e a súbita partida do CEO Ricardo Salgado, o BES é confrontado com uma perda de 3,57 mil milhões de euros.

 

O Novo Banco assume a liderança

Decidiu-se, então, dividir o BES em duas partes, sendo que uma é renomeada de Novo Banco. Este último tem activos saudáveis do banco e está sob o controle dos fundos de resolução de crises portugueses. O banco foi relançado com um capital total de 4,9 mil milhões de dólares (4,4 provêm directamente do Estado Português e o resto do fundo de resolução).

 

Na ocasião, foi decidido que, uma vez que o Novo Banco seria realmente operacional, iria ser vendido a um dos seus accionistas, com a única condição restritiva de o comprador não ser um ex-accionista do BES nos últimos anos.

 

Com essa abordagem, o Estado Português poderia, então, recuperar o empréstimo de 3,9 mil milhões de euros que fez para salvar essa propriedade. Em relação ao "nocivo" dos activos, este foi deixado nas mãos dos accionistas considerados responsáveis pela situação.

 

Finalmente, para revenda, como pode ver a partir do jornal francês La Tribune, se as ofertas foram feitas, o Novo Banco não agiu de forma positiva, pois julgou-se muito abaixo da realidade. Novas negociações para reactivar o processo de vendas estão previstas para o final de 2015 ou o início de 2016.